Bem vindo a Ponte da Barca!
Ponte da Barca é uma vila portuguesa no Distrito de Viana do Castelo, região Norte e sub-região do Minho-Lima, com cerca de 2 300 habitantes.
É sede de um município com 184,76 km² de área e 12 909 habitantes (2001), subdividido em 25 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Arcos de Valdevez, a leste pela Espanha, a sul por Terras de Bouro e Vila Verde e a oeste por Ponte de Lima.
HISTÓRIA
Em pleno coração do Alto Minho deve o seu topónimo à "barca" que fazia a ligação entre as duas margens do Rio Lima, muitas vezes peregrinos a caminho de Santiago de Compostela, sendo a "ponte" construída em meados do séc. XV que lhe vai dar o nome de S. João de Ponte da Barca (1450).
Terra rica, fidalga, de feição arejada, as Terras da Nóbrega viram nascer junto ao bucólico Lima os irmãos Bernardes, Diogo e Agostinho, poetas da paisagem, das fontes e da saudade. Mas Ponte da Barca, é também vila morena, de granito talhada, cheia de construções apalaçadas com capelas e muros fronteiros, ameados e brasonados dos séc. XVI e XVII, os Paços do Concelho, o Pelourinho, a Matriz dedicada a S. João Baptista com risco de Vilalobos. E ao lado de todo este espólio histórico-monumental, em plena harmonia de linhas e cérceas, uma vila nova a cheirar a progresso, uma Ponte da Barca atractiva e moderna.
Ponte da Barca é um concelho de contrastes: em primeiro plano, à esquerda a albufeira do Alto Lindoso (maior da Península), encontrando-se ao lado, o velho castelo roqueiro afonsino reconstruído por D. Dinis, em 1278, com baluartes e torre de menagem; os famosos espigueiros cobertos com lajes de granito; a Ermida, alminhas e cruzeiros.
Depois, a igreja do antigo mosteiro de Bravães, um dos mais significativos monumentos do românico do Alto Minho. É de registar o pórtico principal voltado a ocidente com cinco arquivoltas recheadas de motivos figurativos e geométricos e na porta lateral, o místico cordeiro.
Ponte da Barca turística, com as suas pesqueiras no Rio Lima (pesca da lampreia), possui ainda coutos de caça, desportos náuticos, praia fluvial, um bom equipamento de restauração e de animação hoteleira, artesanato, folclore e uma gastronomia de requinte: o presunto e a boroa de milho, as papas de sarrabulho, a chanfana de cabra à moda de Germil, a lampreia, o cabrito dos montados de Boivães e aquele branco colheita seleccionada, ou os famosos vinhos branco e tinto Terras da Nóbrega, da Adega Cooperativa, acompanhado sempre por um saber receber como ninguém, fazem de Ponte da Barca uma terra de eleição.
Zona ribeirinha de Ponte da Barca
Praia Fluvial
Ponte sobre o Rio Lima
Ponte Romana
Complexo Piscinas Municipais
Igreja Matriz (séc. XVII)
A Igreja Matriz é também conhecida como Igreja de S. João Baptista. Foi reformulada entre 1717 e 1738 sob o traço do engenheiro vianense, Manuel Pinto Villalobos, que lhe deu uma ampla espacialidade barroca. Apresenta uma planta longitudinal, de nave única, com seis capelas colaterais demarcadas, mandadas construir pelas principais famílias do concelho. A fachada é rematada por um relevo representando o Baptismo de Cristo, obra do século XVII que deve ter pertencido ao edifício anterior. Destaca-se, no seu interior, a riqueza retabular e decoração. A talha do altar-mor é barroca, inserindo-se no estilo nacional e a capela de Nossa Senhora das Dores é rococó, sendo revestida a azulejos policromos. Hoje, este templo, classificado como Monumento Nacional, é lugar de culto e ocasionalmente, palco de alguns concertos de música clássica e orquestral. Primitivamente de duas torres, sendo uma delas, destruída por um raio.
Igreja da Misericordia
Não há registos oficiais, mas julga-se que a Igreja da Misericórdia foi construída por volta do ano de 1584. È seguro que, em 1627, Constantino de Magalhães Menezes e esposa D. Isabel Manuel de Aragão, mandaram reconstruir e ampliar a capela-mor, doando-a à Irmandade.
Desde então sofreu diversas vezes obras de restauro e ampliação. A frontaria actual foi construída em 1822 e a tribuna com o altar-mor data de 1830. O interior da igreja foi quase todo modificado no período de 1822 a 1844.
A construção, em 1860-1861, da estrada nacional 101 "obrigou a demolir o torreão, escadas do coro, casas do servo e capela do Santíssimo, que se encontravam do lado Sul. A Mesa da Misericórdia resolveu, por isso, em 1861, construir casa para o servo por trás da capela-mor, a cornija nova da igreja do lado da estrada e colocar o torreão onde actualmente se encontra".
Foi um centro de piedade, sobretudo durante a semana santa.
Actualmente, o capelão da Irmandade e pároco de Ponte da Barca celebra aí a Eucaristia todos os domingos e, sempre que a Matriz não está disponível, a Igreja da Misericórdia continua a ser o templo alternativo para os actos de culto.
Pelourinho - Sec. XVI e Antigo Mercado - Sec. XVIII
O pelourinho de Ponte da Barca, localizado originalmente no Largo da Misericórdia da vila, junto ao edifício dos Paços do Conselho, está actualmente no chamado "Jardim dos Poetas", para onde foi transferido já no século XX, junto a um alpendre sobre uma arcada, de 1752, que serviu de estabelecimento para feirantes.
Ainda que a vila já tenha recebido foral em 1125 de Dona Teresa, confirmado por D. Afonso II, em 1217, o actual pelourinho refere-se, no entanto, à doação de um Foral Novo, em 1513, por D. Manuel I, à então designada Vila da Nóbrega, que nessa altura crescera particularmente em população residente.
Está classificado pelo IPPAR como Monumento Nacional desde 1910.
Praça da República